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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Hoje eu chorei um pouco.

Um pouco menos que no dia da primeira notícia de que aquela menina que conviveu com meus dois filhos mais velhos, desde a infância, passando pela juventude e alcançando a maturidade, estava com câncer e fatalmente iria morrer. Essa deve ser a dor mais terrível e cruel a que um ser humano pode ser submetido: a perda de um filho.

Fiquei sentado na frente do computador, e chorei recordando como as pessoas se conhecem, as amizades criadas se fortalecem e quando verdadeiras superam todos os atropelos e permanecem exuberantes eternas, como é o amor.
Hanne Capiberibe da Silva, a filha de Raquel e Orlando seguiu sendo menina até esta manhã quando morreu. Hoje voltou a ser um espírito em busca de outros caminhos e de outras missões. Ela começou no jornalismo na escola da Folha do Amapá, tendo como mestre das primeiras letras, ou dos primeiros textos, nada menos que a figura do Elson Martins. Não podia começar melhor. Depois a Hanne entrou para a história como integrante da primeira turma de jornalistas formada no Amapá. Hoje ela nos deixou e eu chorei menos, por algumas razões.

Hanne teve direito a uma morte digna, bem assistida, cercada de carinho e de muito amor. Nos casos como o dela o grande medo é do sofrimento que a doença pode causar. Ela morreu dormindo, sem os sofrimentos que puderam ser evitados, em paz.

Em nós fica a saudade e a lembrança boa de sua passagem por nossas vidas. Que Deus a tenha recebido assim.

Antônio Corrêa Neto

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