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terça-feira, 3 de abril de 2007

A quadrilha faz a festa


Abril de 2006

O supersecretário de Segurança Pedro Leite e o secretário de Saúde Abelardo Vaz vêm a público para anunciar o furto de R$ 300mil em medicamentos de dentro da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (CAF).
O fato divulgado pelos secretários do governador só confirma o grave esquema de roubo de remédios desde
o início da administração Waldez Góes (PDT) e que sempre foi abafado. Por trás do escândalo estão roubos, notas fiscais frias e emissão fora do prazo de entrega dos remédios, produtos entregues antes da saída do empenho. Uma lista recheada de crimes contra a administração pública que aconteciam aos olhos dos administradores como se fosse tudo normal.
Enquanto isso, os hospitais estão à míngua de remédios e muitas vezes o paciente tem de comprá-lo para poder ser medicado.


Mortes de crianças
No mesmo ano 12 crianças morreram em menos de duas semanas no Hospital Infantil, o governo negou que fosse falta de medicamentos, disse que as crianças já deram entrada naquele hospital em estado extremamente grave.

Fogo no arquivo
Ainda em 2006, uma denúncia anônima levou o Ministério Público a descobrir, num terreno fora da área urbana de Macapá, uma tonelada de remédios queimada.
Sebastião Bala Rocha e os deputados da base aliada, que chegaram a abrir uma CPI para apurar a deteriorização de medicamentos no inicio do Governo não apareceram desta vez para desvendar o mistério.
O inquérito jaz no fundo de uma gaveta e o episódio caiu no esquecimento.

A quadrilha imbatível continuava a agir sem nenhum obstáculo.

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