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sábado, 26 de maio de 2007

Raios X



O cidadão entra no banco apressado. Passa pela porta giratória do detector de metais. Ela trava. Ele mete a mão no bolso e descobre um chaveiro. Volta. Passa as chaves por uma abertura lateral.

- Como será que essa coisa adivinhou que eu estava com chaves no bolso? Pergunta-se, enquanto passa pela porta giratória, desta vez sem problemas. Não sabe que acaba de tomar um segundo banho de raios X. E continua exposto a radiação, pois fica perto do detector conversando com um amigo. Cada pessoa que passa pelo mecanismo libera uma dose de radiação que o atinge em cheio.

Nosso herói consulta o relógio. Descobre-se atrasado.
Ele chega ofegante a sala de embarque do aeroporto. Coloca a bagagem de mão na esteira dos raios-X e segue para o detector de metais. Recebe o quarto banho de radiação. O alarme dispara. Fala ao inspetor que possui um implante de platina no braço. A informação é confirmada pelo aparelho de Raios-X portátil. Pega a maleta contaminada pela radiação dos Raios X no final da esteira, abraça-se a ela e segue tranquilo para aguardar o vôo.


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Não deveria estar tão tranquilo. A tolerância do organismo humano à exposição aos raios X é de 0,1
röntgen por dia no máximo em toda a superfície corpórea. No ser humano a exposição demorada aos raios X poderá causar vermelhidão da pele, ulcerações e empolamento. Em casos mais graves de exposição poderá causar sérias lesões cancerígenas, morte das células e leucemia.

Até o super homem se saísse dos DVDs e das estória em quadrinho teria que utilizar a sua visão de raio X com muito cuidado e de acordo com as normas.
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No Brasil, será que estas normas são respeitadas? São fiscalizadas? Não creio. Valha-nos quem?

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