Nestes dias o que mais se escuta é o folclore de campanha.
É um tal de candidato "suando" para ganhar uns votos.
Político paraense não beija só criancinha.
Tem que "mexer o rodo" no tacho do forno de casa de farinha, dançar carimbó, comer peixe ou galinha preparada no fogaréu de óleo diesel ou no carvão, raspar uxi nos dentes, deliciar-se com turú (temperado com umas gotinhas de limão), engolir a poeira das estradas temperada com água da bica, comparecer (e fazer discurso) em enterro de anão, pagar o enterro do mencionado deficiente em altura, recitar versículos da Bíblia (sacrilégio...), conhecer e aplaudir a vida e obra do vereador Zé Ruela do Caixa-Prego, dançar a valsa de honra na festa de 15 anos da filha do insigne legislador-mirim, e ainda achar graça quando lhe baterem a carteira naquele furdunço que se forma na subida do palanque.
Sim, tudo isso, e fingir que não ouve os apartes do bêbado que fica gritando palavrões na hora em que está fazendo seu discurso de "prestação de contas", receber aquele prefeito ingrato que lhe deve tudo, e ouvir que ele "vai votar no senhor, mas o grupo dele, sabe, já fez compromisso com outro (sic)".
Ao chegar num município distante, encontrar o muro da casa do seu "cabo eleitoral" pintado com o nome de outro candidato, e ter que rir quando ele explicar que "foram uns meninos que pintaram isto aí", e elogiar o cafézinho que a mulher dele lhe servir, enquanto ela enverga uma camiseta justamente daquele adversário...
E outras e outras histórias, estamos só no começo da campanha.
Boa sorte a todos os candidatos, o poster tem por vocês uma sincera simpatia e profunda compaixão.
By Blog do CJK
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