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terça-feira, 16 de março de 2010

SESPA distribui medicamento proibido pela ANVISA.



A Secretaria de Saúde do Pará, SESPA voltou a distribuir na última sexta feira (12) o medicamento Lifaltacrolimus a pacientes transplantados com Autorização para Procedimento de Alta Complexidade, APAC, um procedimento obrigatório do Sistema Único de Saúde, SUS, do Ministério da Saúde.

A distribuição estava suspensa desde janeiro causando pânico em centenas de pacientes transplantados que dependem da substancia Tacrolimus ou FK 606, usada contra rejeição em pessoas que fizeram transplante de órgãos, principalmente os de rim.
A falta deste medicamento tem como consequência a perda do órgão e o risco à vida é elevado, sendo que no caso de transplante hepático, o tratamento descontinuado da medicação gerará rejeição, perda do órgão e, lamentavelmente, o óbito do paciente. Com relação ao transplantado renal, há perda do rim e retorno à hemodiálise, ficando o paciente no aguardo de um novo órgão para o transplante.

A medicação voltou a ser distribuída depois que o caso vazou para imprensa.
A SESPA está utilizando o antigo estoque porque não há previsão para a compra do Prograph, o medicamento que era fornecido até abril do ano passado e recomendado pelos maiores centros de transplantes do país.

Em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, o blog foi informado que em dezembro de 2009 o registro do Linfaltacrolimus não foi renovado porque o Laboratório Indústria Farmacêutica de Alagoas não conseguiu apresentar vários documentos exigidos pelo órgão.

Os registros são renovados a cada cinco anos.

O laboratório recorreu e o processo esta correndo em segredo de justiça. A Agencia Nacional de Vigilância Santária analisará o recurso nos próximos dias.

A ANVISA informou também que enquanto o registro não for renovado tanto a venda, como a distribuição do Lifaltacrolimos estão proibidas.

A SESPA enfrenta agora um dilema: ou continua distribuindo a medicação desrespeitando a proibição da ANVISA ou deixa de fornecê-la e joga centenas de pacientes transplantados no corredor da morte.

Daqui a pouco: um post completo sobre o polêmico Lifaltacrolimos, o medicamento que já teve a fabricação suspensa pela justiça, laudos médicos questionando a eficácia e enfrentou dois processos nos estados do Ceará e do Rio Grande do Sul.

Um comentário:

martinha disse...

ISSO É BRASILLLLLLL!!!!!!!
triste de mais!!!!!