Desde a implantação da reeleição no Brasil no Governo de FHC que as disputas eleitorais ficaram mais acirradas e polêmicas.
Em alguns casos falta escrupulo e sobra inteligencia ou vice versa.
A palavra de órdem "só não vale perder" foi levada a sério nessa eleição.
O candidato a reeleição Waldez Gois (PDT) tinha uma rejeição estratosférica e “não se elegeria nem a chefe dos garis”.
É verdade que Waldez fez seu dever de casa na fase da engenharia política quando conseguiu um número recorde de aliados praticamente isolando o seu principal adversário.
O então governador Simão Jatene, líder em todas as pesquisas foi obrigado a ceder a vaga para o ex governador, Almir Gabriel com o sangue azul da picada da mosca queria ser o primeiro governador da historia do Pará com três mandatos.
A oposição escalou a anêmica Ana Julia (PT) que não tinha a menor chance de vencer.
Em alguns casos falta escrupulo e sobra inteligencia ou vice versa.
O uso da máquina está garantindo a continuidade de alguns mandatos, mas pelo menos a Inteligência tem que estar presente na engenharia política - as famosas costuras para atrair aliados de peso para chapa. Esta somada as estratégias de marketing cada vez mais engenhosas e agressivas são ingredientes decisivos para uma campanha vitoriosa.
Vejamos alguns exemplos:
Campanha para o Governo do Amapá de 2004.
A palavra de órdem "só não vale perder" foi levada a sério nessa eleição.
O candidato de oposição João Alberto Capiberibe (PSB) era franco favorito para o governo do Amapá.
O candidato a reeleição Waldez Gois (PDT) tinha uma rejeição estratosférica e “não se elegeria nem a chefe dos garis”.
Waldez ganhou no primeiro turno.
É verdade que Waldez fez seu dever de casa na fase da engenharia política quando conseguiu um número recorde de aliados praticamente isolando o seu principal adversário.
Outros fatores contribuíram também para a virada histórica, entre eles a compra de votos desenfreada, praticamente toda a mídia manipulando informações contra Capiberibe não freadas pela Justiça Eleitoral e uma estratégia de marketing inteligente.
Durante a campanha, o Governo chegava num bairro com um aparato de máquinas e começava a asfaltar uma rua. Dois, três dias depois as obras eram paralisadas e as máquinas retiradas.
Quando os moradores perplexos e revoltados perguntavam o que estava acontecendo. Os cabos eleitorais de Waldez diziam que o adversário João Capiberibe tinha entrado na justiça eleitoral e conseguido paralisar os serviços.
O efeito foi devastador.
Waldez foi eleito e as ações movidas contra ele na Justiça Eleitoral pelo uso da máquina deram em nada.
Campanha para o Governo do Pará de 2006
No Pará foi um pouco diferente. Faltou inteligência à situação.
O então governador Simão Jatene, líder em todas as pesquisas foi obrigado a ceder a vaga para o ex governador, Almir Gabriel com o sangue azul da picada da mosca queria ser o primeiro governador da historia do Pará com três mandatos.
A oposição escalou a anêmica Ana Julia (PT) que não tinha a menor chance de vencer.
Ai entrou a Inteligência e o sangue frio do cacique do PMDB paraense, Jader Barbalho.
O partido lançou o então deputado federal, José Priante (PMDB) tão anêmico de votos quanto Ana Julia e sem nenhuma chance de vitória.
Priante foi escalado para diluir as hemácias do candidato tucano.
No debate da TV Liberal, Priante sugou o que pode o sangue de Almir Gabriel.
O candidato do PMDB ganhou uma enorme rejeição, mas o ex-governador terminou o primeiro turno sangrando até morrer de hemorragia no segundo turno.
Ana Julia passou para a história como a primeira governadora eleita do Pará.
Campanha para a Prefeitura de Belém de 2008
Duciomar Costa (PTB) possuía uma respeitável rejeição, impossível de reverter, segundo alguns.
Usou o asfalto como mote de campanha. A oposição passou a criticá-lo. A população não gostou. Quando as pesquisas mostraram que o povo queria asfalto, todos passaram a prometer também, mas ai já era tarde.
Acusado de abuso do poder econômico, Duciomar foi cassado em primeira instância. Uma liminar o mantém no cargo
Campanha para Presidência do Brasil de 2010.
Enquanto a oposição critica, o poste de saia do PT aproxima-se perigosamente de José Serra nas pesquisas. E se ultrapassá-lo By, By Brasil, alias um grande filme.
Serra corre atrás do prejuízo e tenta colocar seu filme em cartaz.
Eleição para o Governo do Pará de 2010.
É quase certo que o PMDB venha com uma candidatura própria e o melhor nome é o do deputado federal Jader Barbalho (PMDB).
Usou o asfalto como mote de campanha. A oposição passou a criticá-lo. A população não gostou. Quando as pesquisas mostraram que o povo queria asfalto, todos passaram a prometer também, mas ai já era tarde.
Duciomar cresceu. Foi para o segundo turno com o ex deputado José Priante (PMDB).
Não teve lero-lero. Dudu ganhou a eleição depois de aplicar uma goleada no adversário no debate da RBA.
Acusado de abuso do poder econômico, Duciomar foi cassado em primeira instância. Uma liminar o mantém no cargo
Campanha para Prefeitura de Macapá de 2008
No Amapá o enredo foi praticamente o mesmo. Camilo Capiberibe (PSB), líder em todas as pesquisas foi atropelado pelas máquinas estadual e federal.
Roberto Gois (PDT), apoiado por todos os palácios é o prefeito de Macapá.
Foi cassado cinco vezes na justiça, mas segue trabalhando na Prefeitura por força de liminares.
Campanha para Presidência do Brasil de 2010.
Enquanto a campanha de Dilma Rousseff (PT) exibe lances cinematográficos,
José Serra (PSDB) cheio de indecisões sobre o roteiro do filme que vai protagonizar está com o cronograma muito atrasado.
O ex-presidente Fernando Henrique, perdeu a paciência e deu uma de James Cameron, diretor do mais novo fenômeno do cinema: Avatar.
Tal qual o herói do filme entrou num avatar e soltou os dragões pra cima de Lula tentando conter o crescimento da garimpagem de Dilma na Pandora de Serra.
A campanha de Dilma ou a campanha de Lula para eleger Dilma tem mostrado cenas inteligentes.
O lançamento do filme Lula, o filho do Brasil é um dos exemplos.
E qual a reação da oposição?
Desqualificar o filme.
Agora mesmo estão dizendo que é um fracasso de bilheteria.
E o povo tem dinheiro pra ir ver o Lula no cinema?
Vai ao camelô e disputa uma cópia pirata.
O filme do Lula é um dos mais pirateados do pais.
Com a popularidade em alta, Lula é quase um deus eleitoral.
Lula o Filho do Brasil não vai ganhar o Oscar de Hollywood. Mas o que Lula quer é o Oscar da presidência pra Dilma.
Enquanto a oposição critica, o poste de saia do PT aproxima-se perigosamente de José Serra nas pesquisas. E se ultrapassá-lo By, By Brasil, alias um grande filme.
Serra corre atrás do prejuízo e tenta colocar seu filme em cartaz.
As primeiras cenas contam com a participação especial de Madonna, mas é certo que o filme não será um musical.
Eleição para o Governo do Pará de 2010.
É quase certo que o PMDB venha com uma candidatura própria e o melhor nome é o do deputado federal Jader Barbalho (PMDB).
É líder em todas as pesquisas.
É a noiva com quem quase todos querem casar.
Porem, as mangueiras de Belém afirmam a unanimidade que ele não virá candidato ao Governo, talvez ao Senado.
Já as mangas entendidas em política dizem por ai que nem isso.
Ele viria mesmo para deputado Federal. Até as ervas de passarinho sabem que Jader tem um grande prestígio nacional e que o lugar dele é em Brasilia.
O prefeito Duciomar Costa (PTB) ensaia uma candidatura ao Governo, mas as mesmas mangueiras acima afirmam que ele vem mesmo como candidato ao Senado.
Mais um para competir com a Valeria Pires Franco (DEM) candidata a uma das duas vagas do mesmo cargo, segundo as mangueiras também .
Já a governadora Ana Julia (PT) anda tirando leite de pedra.
Sem obras de peso para mostrar, uma incomoda rejeição e alguns incendio internos no partido aproveita todas as oportunidades para tentar seduzir o povão.
A última foi no domingo passado.
O clássico Remo x Paysandu foi suspenso porque as obras do estádio Mangueirão, de segurança principalmente, não ficaram prontas e foram alvo de uma ação judicial do Ministério Publico. Isso somado a perda da Copa do Mundo para o Amazonas parecia um desastre.
O governo recorreu. Ganhou. Houve o clássico e a governadora se deixou fotografar na tribuna como a responsável pela realização do grande evento.
O jogo terminou empatado, mas Ana Julia saiu do Mangueirão vitoriosa.
Os tucanos, principais adversários dos petistas não saíram da mídia no ultimo semestre do ano passado e no inicio deste ano.
Mídia negativa é claro!
O ex governador, Almir Gabriel veio com tudo do interior de São Paulo para tentar influenciar na sucessão do Governo do Pará. Mas o que o Almir queria, na realidade era que os eleitores o vingassem do ex governador Simão Jatene, a quem acusa de ter feito corpo mole na campanha ao Governo em 2004.
Não colou.
Quase ninguem se entusismou com a idéia. E quem embarcou, quando percebeu os enormes buracos no casco da canoa voou fora a tempo.
O certo é que o PSDB amargou um enorme desgaste e a campanha dos tucanos, que não sabem nadar, quase naufragou.
Agora com o barco calafetado e um comandante definido, os tucanos percorrerão todas as regiões do Estado com ciclo de debates denominado "O Pará que nos Queremos”, organizado pelo Instituto Teotônio Vilela um órgão de estudos e formação política ligado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Paralelamente, os marinheiros do PSDB tem outro projeto: trazer para bordo o prestigiado timoneiro do PMDB, novamente o fiel da balança nessas eleições.
Com charges de Melado, Alecrim, Amorim, Amâncio, Ceri, Cícero, Pádua, Paixão, Pelicano, Lute, Myrria, Bruno, Clayton, Dalcio, Erasmo, Fernandes, Ique, Leandro, Mariano, Quinho, Regi, Tacho, Thiago Rechia e imagens do blog do Vic e do blog da Ana Julia.
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