Páginas

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Diario de Cuba - Parte 3



HAVANA - 26 de Dezembro de 2009 - Sábado

Decidimos tomar café em uma rede de padarias local chamada "Pan de Paris". As coisas não são exatamente gostosas nem ha tanta variedade (sempre temos a sanção de desabastecimento de produtos por aqui), mas deu para começarmos o dia alimentados.
Da padaria, fomos a fabrica de charutos Partaga, porem estava fechada. Seguimos, então, para o Museu da Revolução, instalado no antigo palácio presidencial.
Objetos, documentos, recortes de jornais e fotos relatam a tomada do poder por Castro, em janeiro de 1959, e a trajetória do movimento ate os anos 90. Obviamente, tudo bem parcial, sob a ótica do governo.

Na saída, encontramos um grande painel chamado "El rico de los cretinos", com caricaturas de Ronald Reagan, George Bush e Fugencio Batista (presidente ou ditador, como queiram, antes de Fidel Castro). Abaixo de cada uma delas, a seguinte descrição: "obrigado cretino pelo triunfo da revolução".

Seguimos caminhando por "Habana Vieja", região da cidade que reúne os prédios mais antigos, com arquitetura colonial.

Optamos por almoçar em um "paladar", como eles chamam os restaurantes familiares em casas cubanas. Todos são previamente selecionados pelo governo e oferecem comida típica local. Feijão, arroz e banana nunca faltam.

Almoçados, fomos comprar artesanato cubano pelas ruas de "Habana Vieja".

Em seguida, conhecemos a "Câmara Oscura", uma espécie de torre que, por meio de uma sequência de espelhos instalados no alto, na parte de fora, permite uma visão 360 graus de Havana.

Ontem fizemos um passeio de dia inteiro a Cayo Largo, a região de Cuba que e privilegiadamente banhada pelo mar do Caribe. Depois de meia hora de voo em um turboélice, chegamos ao lugar.

No aeroporto, fomos recebidos com uma apresentação de "zuco zuco", um ritmo originário da "Isla de La Juventud", também território cubano. Aliás, "cayo" em espanhol significa ilha pequena, arenosa, comuns no Caribe.

Como já anoitecia, resolvemos nos separar por 30 minutos para que cada um pudesse comprar o presente do amigo secreto. Tirei o Walter e dei a ele um livro de culinária criola, tipicamente cubana, que comprei na feira de livros usados da "Plaza de Armas".

Para voltar para o hotel, pegamos um "coco taxi", uma moto adaptada por uma cobertura em formato de coco para receber dois passageiros alem do motorista.

Depois de conhecer boa parte de Havana, chegamos a duas conclusões:

1) Papel e um problema serio por aqui. Praticamente não ha "servilhetas" (guardanapo em espanhol). O papel higiênico também e racionado. Nos lugares turísticos, quando ha, acaba por ser entregue por uma pessoa que fica na porta do banheiro.

2) Se você tiver cara de turista, certamente será abordado para comprar algo para o cidadão cubano. Desde a chegada já nos foi pedido sabão, caramelo e fralda descartáveis.

Superadas as dificuldades de acesso à internet, segue o diário de bordo.

Cayo Largo Del Sur - 27 de dezembro de 2009 - Domingo

Acordamos cedinho, às 4 h da manhã, rumo a um aeroporto para viagens regionais. Depois de meia hora de voo em um turbo-hélice, chegados a Cayo Largo, considerada por muitos a região de Cuba que reúne as praias mais bonitas. A vista do mar azul claro do alto já nos animou. Fomos recebidos com uma apresentação de "zuco-zuco", um ritmo originário de La "Isla de la Juventud", que integra o arquipélago cubano. Cayo em espanhol significa "ilha pequena, arenosa", comuns no Caribe.

Como primeira parada, a "Isla de las Iguanas". Embora os bichos assustem no começo, logo se vê que são mansos e se pode tocá-los sem medo.

Seguimos o passeio com direito a uma parada em uma piscina natural, de água do mar cristalina, levemente fria e extremamente convidativa. Mias à frente, uma pausa para a prática de snorkeling. É impressionante a limpidez do mar, permitindo a visão total de peixes e pelicanos na água.


Ao final do tour por Cayo Largo, almoçamos e curtimos a "Playa Serena", com mar incrivelmente transparente e em vários tons de azul. Para relaxar por completo, uma massagem em uma espécie de bangalô 'a beira mar. No cair do sol, pegamos o barco de volta e, poucos minutos depois, estávamos no aeroporto para pegar o Voo a Varadero.

Nenhum comentário: