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terça-feira, 2 de junho de 2009

WALTER BANDEIRA!



Ah! se o encanto deste canto.
Vai te atirar num palco.
e voar contigo alto.
Pra tua voz nos refletir.
Pode embriagar as mentes,
ou será tão indecente
Mas tua lucidez demente.
Certamente ha de nos seduzir.
Quando cantas as mundanas,
e verdades tão profanas.
As donzelas e as sacanas,
vão te aplaudir.
E neste delírio louco,
nos requebros de teu corpo.
mais este teu cantar tão rouco.
vem pra redimir.
Se a platéia te permite,
tudo o que tiver de triste.
Ha de te correr nas veias e então sangrar.
e nesse contra compasso,
do requebro deste corpo.
Como se a vida num abraço viesse te cobrar.
E nesta história louca,
uma noite é pouca pra tanta solidão.
Tu que cantastes a vida e a morte.
o azar e a sorte, FOI TUA A EMOÇÃO!


Canção feita por Alcyr Guimarães para Walter Bandeira em 1988.


Walter é o amigo, o cantor, o parceiro, o pintor, o professor...
Faz Falta!

5 comentários:

martinha disse...

Walter, meus sinceros sentimentos pela grande perda!..abraco!!

Walter Junior do Carmo disse...

Obrigado pela força, Marta!

sergioborgez disse...

Lamentei saber pelo teu blog sobre a morte do Walter Bandeira. Fiquei triste e assustado. Triste porque nas duas oportunidades que trabalhei com o Walter Bandeira tive a certeza de que estava ao lado de um cara bom. Por trás daquele rebolado maroto havia uma grande alma. Com certeza, vocês aí no Pará poderão ter muitos outros cantores, locutores e profissionais com a qualidade que ele esbanjava. O problema é que pessoas de bom coração, como o Walter, estão cada vez mais difíceis de achar. Ainda mais na nossa área onde o "filha da putismo" virou padrão de comportamento. O fato do Walter Bandeira ter morrido de câncer no pulmão também me deixou assustado. Lembro das dezenas ou centenas de cigarros que fumamos juntos ano passado. A partir de agora quando sentir aquela dor nas costas - típica de quem fuma muito - vou lembrar dos dois: do cigarro e do Walter.

Walter Junior do Carmo disse...

Sérgio, como vc sabe parei de fuma em 1996. Não foi fácil, mas valeu à pena. A Dra. Ana Olga Mies, cirurgiã que coordenou o meu transplante de fígado disse quando acordei na UTI que eu só resisti pq havia parado de fumar.
Lembro que tivemos que montar um fumódromo na produtora para que vc, o Walter e outros ficassem mais a vontade. Você e o Walter eram os mais assíduos freqüentadores. Torço para que você não fique só no temor e faça opção pela sua saúde.
Quanto ao “filha da putismo” vou detalhá-la num post que estou preparando e ilustrando com ampla documentação digitalizada.
Será o mínimon que farei pelo Walter.

mari - pedra de alquimia disse...

Grande perda para a sociedade paraense...