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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

De mãe para mãe...


Carta enviada de uma mãe para uma outra mãe em SP, após assistir noticiário na TV :

"Hoje vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado. Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência. Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação, contam com o apoio de comissões, pastorais, órgãos e entidades de defesa de direitos humanos.
Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro. Enorme é a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.
.
Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma videolocadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite. No próximo domingo, quando você estiver se abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...
Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu? Que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem"

Chega de inversão de valores!
Direitos humanos são para humanos direitos!!

7 comentários:

Anônimo disse...

É isso aí!
Comentar o quê?

Walter Junior do Carmo disse...

Pois é, né?

Anônimo disse...

Errado! direitos humanos são para todos os humanos. Quem decide quem é direito ou não? Quem cria os desajustados que vivem confinados na Febem? A mãe que paga o colchão queimado na rebelião dos "tortos", provavelmente também joga migalhas nas ruas para os futuros marginais que assaltam videolocadoras e matam jovens inocentes. Apesar do apelo dramático de uma mãe que perdeu o filho, a conclusão é fascista e dá medo nas pessoas que pensam na possibilidade de uma humanidade mais "humana".

Walter Junior do Carmo disse...

Concordo com vc! Diante da sua argumentação mudo de idéia. Valeu!

Walter Junior do Carmo disse...

Vou deixar a frase para o comentário do abônimo da 2:25 PM fazer sentido.

Anônimo disse...

Infelizmente não concordo com o anõnimo , a final cade o direitos humanos para mãe que perdeu o filho? quem vai acompanhar essa mãe? DIREITOS HUMANOS SIM MAS PARA HUMANOS DIREITOS.

Anônimo disse...

Infelizmente não concordo com o anõnimo , a final cade o direitos humanos para mãe que perdeu o filho? quem vai acompanhar essa mãe? DIREITOS HUMANOS SIM MAS PARA HUMANOS DIREITOS.