Do blog do Fernando Rodrigues
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), líder tucano na Casa, anunciou a apresentação de um projeto de lei para impedir a cobrança de contribuição em dinheiro a partir dos salários de funcionários públicos para partidos políticos. A idéia é barrar a prática que é disseminada no PT –os petistas pagam o chamado “dízimo”, que varia de 2% a 10% dos vencimentos.
Nada contra a iniciativa do tucano. Cada um propõe o que bem entende. É possível até que o PT exagere nessa sua forma de arrecadação de fundos. Mas o ponto é outro. Trata-se de coerência. Eis o que estipula o estatuto do PSDB:
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), líder tucano na Casa, anunciou a apresentação de um projeto de lei para impedir a cobrança de contribuição em dinheiro a partir dos salários de funcionários públicos para partidos políticos. A idéia é barrar a prática que é disseminada no PT –os petistas pagam o chamado “dízimo”, que varia de 2% a 10% dos vencimentos.
Nada contra a iniciativa do tucano. Cada um propõe o que bem entende. É possível até que o PT exagere nessa sua forma de arrecadação de fundos. Mas o ponto é outro. Trata-se de coerência. Eis o que estipula o estatuto do PSDB:
Art. 143.
§ 5°. Os filiados que exercerem funções na administração pública, direta e indireta, fundacional, empresas públicas e sociedades de economia mista, federal, estadual e municipal, exoneráveis "ad nutum", contribuirão, mensalmente, com quantia equivalente a 3 % (três por cento) do seu vencimento ou remuneração bruta, respectivamente, para o Diretório Nacional, Estadual e Municipal, sendo descontado em folha ou mediante débito em conta-corrente bancária.
Fascinante. O PSDB que propor uma lei para proibir aquilo que a própria agremiação defende em seu estatuto.
Arthur Virgílio estava aparentemente irritado hoje no Senado: “É o fim da picada (...) houve um aumento de 545% de arrecadação do PT, nesses quatro anos Lula. Meu projeto prevê penas de reclusão de um a três anos, mais multa, a serem aplicadas tanto para quem fizer a contribuição, quanto para o partido que exigir a contribuição”.
O senador tucano criticou a recente criação de 626 cargos de confiança no Executivo federal. Para ele, os novos nomeados devem "engordar" ainda mais o “dízimo” petista.
Comentário deste blog – 1: a oposição está perdida.
Comentário deste blog – 2: os partidos brasileiros são uma piada. Nem seus líderes conhecem o teor dos seus estatutos.
Comentário deste blog – 3: possivelmente, Arthur Virgílio cometeu a gafe pelo fato de o PSDB nunca ter aplicado o artigo citado de seu estatuto. Mas aí o problema é maior ainda: a legenda tem estatuto para quê? A propósito do estatuto tucano, leia mais.
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