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terça-feira, 15 de maio de 2007

Prioridade

Encontrar um sucessor. Cinco meses após o início do segundo mandato, é essa a prioridade do governador do Amapá, Waldez Góes (PDT).

André Luís Nery
Do G1, em São Paulo .



Na terceira entrevista da série do G1 com governadores de estado, Góes justificou: "É prioridade porque há obras estruturantes que eu estou começando e não vou concluir, mas que são determinantes para o desenvolvimento”.

Comentário do blog:
O governador ainda não desceu do palanque, desde o primeiro governo. Ainda não mostrou ao que veio.
O governo Waldez é hoje um abrigo seguro de uma quadrilha especializada em desvio de dinheiro público, com raríssimas exceções.
O Amapá vive uma crise moral sem precedentes em sua história e um dos responsáveis por esta crise atende pelo nome de Waldez Góes.
Veja as respostas do governador e tire a sua conclusão.

Escândalo na saúde

G1- Em março, a Polícia Federal desencadeou a Operação Antídoto, que revelou a ação de uma quadrilha que desviava recursos da Secretaria de Saúde do estado. A PF prendeu 25 pessoas, entre elas dois ex-secretários de saúde do seu governo. Que medidas o Sr. tomou?

Góes - Eu tinha tomado a iniciativa de abrir um inquérito policial, especificamente na central de medicamentos. Entendo que qualquer problema que há na administração tem que ser esclarecido. Mas nós temos dado total apoio ao Ministério Público e à Polícia Federal. Depois do fato, determinei uma série de providências. Estou instalando pregão eletrônico em todo o governo. Criei uma comissão de fiscalização de recepção de medicamentos na central de abastecimento farmacêutico.

Comentário do blog:
As "iniciativas" e "providencias" que o governador não detalha são inócuas, puro marketing. As mesmas pessoas responsáveis pelo caos da Saúde continuam dando as cartas na Secretaria de Saúde e no governo. Pregão eletrônico não é garantia que não esteja havendo mais corrupção. Continua faltando medicamentos, médicos e pessoas estão morrendo em função do péssimo serviço prestado. O Amapá vive a maior epidemia de dengue e a maior crise na saúde de todos o tempos.

G1 - Em depoimento à Polícia Federal, o empresário Nivaldo Aranha da Silva levantou suspeitas de caixa dois em sua campanha à reeleição em 2006. Qual sua posição sobre as acusações?

Góes - Sinceramente, jamais aconteceu isso e não vai acontecer, pois não vou permitir. Ao contrário, sempre fiz uma campanha com rigor, no sentido de cumprir a lei eleitoral. Agora, logicamente, se há uma especulação, terá o prazo necessário para ser esclarecido.

Comentário do Blog:
O que ele chama de especulações são processos, grande parte movidos pelo Ministério Público, que flagrou abuso de poder econômico e a compra de votos na campanha do atual governador. Aliás, nunca nenhum candidato respondeu a tantos processos no Tribunal Eleitoral em toda a história do Amapá, como o atual governador. Houve de tudo na última eleição.

G1 - O PSB do Amapá criticou seu governo e afirmou que o senhor foi omisso nos escândalos na saúde pública amapaense. A oposição exagerou?

Góes - A oposição tem de respeitar a decisão popular, pois ganhei a eleição em primeiro turno, fui o primeiro governador reeleito, ganhei em todos os municípios do estado, em todos os bairros de Macapá e Santana, que são as duas maiores cidades. Ganhei limpo, fazendo uma campanha democrática, aberta, de propostas, sem acusações.

Comentário do blog:
Mais uma vez o governador traz a campanha eleitoral para o foco. Para ele quem ganha uma eleição, ganha também imunidade para fazer todo o tipo de patifaria, como as que vem ocorrendo atualmente no Amapá. Os escândalos de corrupção e o péssimo governo que realiza são exemplos cristalinos desta "arte de governar".

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