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domingo, 20 de maio de 2007

Amapá: Industria de analfabetos

A educação do Amapá é um caso de polícia... Fe-de-ral!

Os números não mentem e são dramáticos.

A população do Amapá cresce bem próximo de 6% ao ano. Em quatro anos são, pelo menos, mais 120 mil novos moradores no estado. E desse novo contingente de pessoas, no mínimo, 40 mil deveriam estar ocupando uma vaga nas diversas modalidades de ensino que o estado tem obrigação de ofertar.




Pelos dados do Senso Escolar, não houve crescimento suficiente de oferta de vagas nas redes estadual, municipal e privada capaz de absorver esta demanda.

Em 2002 o ensino fundamental dispunha de 93.886 vagas. Em 2006 aumentou para 94.926, um crescimento de somente 1.040 vagas.

No caso do ensino médio, o crescimento foi um pouco maior. Em 2002 havia 30.596 vagas disponíveis. Quatro anos depois subiu para 32.879, ou seja, apenas 2.283 vagas novas.

A situação da educação de jovens e adultos é mais dramática: em 2002 o governo disponibilizava 21.043 vagas. Quatro anos se passaram e o número despencou para 18.119 em 2006. Conclusão: escandalosas 2.292 vagas a menos.

Juntando-se os números das três modalidades conclui-se que o governo de Waldez Góes (PDT AP) disponibilizou apenas 339 vagas, quando deveria ter disponibilizado pelo menos 40 mil.




A estagnação da oferta de vagas pelo Governo do Estado através da Secretaria de Educação significa que o Amapá tem hoje um contingente de no mínimo 30 mil crianças e jovens fora da escola. O Amapá é um produtor de analfabetos e de alunos mediocres em grande escala, um dos maiores do país.





Em 2002 havia 8.536 professores na rede pública estadual. Em quatro anos do atual governo o número de professores encolheu para 7.532. São 1.004 professores a menos.


O escândalo fica mais nítido quando os gastos do governo com a educação são analisados. Em 2002, o governo investiu em reais 237.218.563,46. Em 2006 o atual governo quase duplicou os gastos: 400.112.953,85.

O volume de dinheiro aplicado na educação disparou, mas o número de matriculas e de professores despencou.

O dinheiro não foi aplicado no aumento salarial dos professores. A categoria está em greve reivindicando melhores salarios e condições de trabalho.

O enorme volume de recursos também não foi utilizado na construção de escolas. Segundo o INEP, em quatro anos, apenas 10 escolas de pequeno porte foram construídas.

O gasto mensal por aluno e com a educação cresceu em 80 por cento, enquanto isso o número de ofertas de matriculas cresceu apenas três por cento em quatro anos do atual governo.

Hoje faltam professores, material e merenda escolar nas escolas, e a educação do Amapá está um caos. Tudo isso com a complacência da maioria dos deputados estaduais, federais, dos senadores amapaenses e sob os aplausos de membros do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap).


Os gastos do atual governo com a educação precisam ser investigados com urgência. Está ocorrendo com a educação o mesmo que acontece com a saúde do Amapá. Quem investigar verá.

Fonte: Senso Escolar, Inep/Mec- www.inep.gov.br.

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4 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns plea informação, os números não mentem. O engenheiro elétrico que comanda a educaão do Estado deve está eletrocutado.

Walter Junior do Carmo disse...

E nos ficamos chocados...

Ivan Daniel disse...

Saúde, Educação, Energia, Saneamento, Trabalho, Infra-estrutura... o Amapá existe mesmo?

Walter Junior do Carmo disse...

Se essa tchurma continua no governo, sei não...