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terça-feira, 3 de abril de 2007

UMA QUADRILHA NO PODER - Efeitos Especiais


Mordaça maranhense
Nas últimas eleições, depois de entrar com ações na Justiça contra jornais e rádios do Amapá por matérias consideradas negativas, a coligação do senador José Sarney (PMDB), candidato à reeleição no Estado, entrou com representação contra vários blogues por veicularem mensagens "ofensivas" ao senador.

O TRE do Amapá acatou todas, aplicou multas altíssimas e mandou retira-los do ar.

Mais tarde o TSE derrubou as decisões do Tribunal amapaense.



Trucagem truncada

Durante a campanha eleitoral, as câmeras do circuito interno do hospital da Mulher Mãe Luzia em Macapá gravaram imagens de uma visita do candidato João Capiberibe àquela maternidade.

Capiberibe foi verificar pessoalmente uma denuncia de que as pacientes eram colocadas nos corredores do hospital logo após o parto.

As imagens foram parar na produtora da campanha de Waldez Góes. Foi editada uma reportagem “mostrando” que tudo não passava de uma armação do candidato com a cumplicidade dos funcionários do hospital.

A “reportagem” foi entregue na afiliada da Rede Record de Macapá, que pertence ao senador Gilvan Borges (PMDB). Foi veiculada em Rede Nacional, no Jornal da Record, com direito a chamadas durante toda a tarde.

No dia seguinte a "imprensa de apoio" promoveu um dos maiores linchamentos públicos que se tem notícia.

Capiberibe pediu direito de resposta. Como o TRE do Amapá demorasse a proferir a sentença, o candidato recorreu ao TSE, que deferiu imediatamente a solicitação.

Ao invés de veicular a resposta no telejornal das 19:30 horas, onde exibiu a ofensa, a TV Record veiculou, a uma e meia da madrugada.

Capiberibe solicitou a correção do horário de veiculação.
O processo permanece adormecido até hoje.

O Ministério Público Eleitoral, após minuciosa investigação concluiu que as imagens foram montadas para tentar incriminar e prejudicar a eleição de Capiberibe e formalizou denuncia TRE.
Até agora a denuncia não foi julgada.


Enxurrada de ações
Várias ações do Ministério Público contra o então candidato Waldez Góes por abuso de poder econômico e a utilização da estrtutura do Estado nas últimas tramitam no Tribunal Eleitoral. No Amapá, o atual governador foi inocentado na maioria das das ações, muitas delas por unanimidade.
O Ministério Público Eleitoral recorreu das sentenças e as ações agora tramitam no TSE em Brasília.


Cinema mudo
Nas Operações Pororoca, Sanguessuga e Antídoto, da Policia Federal; na escandalosa utilização de dinheiro público na ultima campanha eleitoral ou em outros casos de corrupção envolvendo órgão públicos, o silêncio é a tônicas em todos os poderes do estado.

A OAB finge-se de árvore, assim como o Ministério Público Estadual. O Tribunal de Contas e a Auditoria Geral do Estado engrossam esta floresta, onde apesar da ventania nenhum galho se move.

Na Assembléia Legislativa do Amapá, apenas os deputados Ruy Smith e Camilo Capiberibe, do PSB, falaram e tentam alguma providência sobre os últimos escândalos de corrupção.

O deputado Smith anunciou a apresentação de requerimento solicitando da Secretária de Saúde do Estado, informações sobre todos os contratos de prestação de serviços que existem entre a Secretaria e as empresas prestadoras. Disse ainda que, se não tivesse uma resposta satisfatória apresentaria denúncia ao Ministério Público Federal, de vez que existe verba federal destinada ao pagamento desses serviços. O deputado não chegou a formalizar a apresentação do requerimento porque os deputados foram saindo, de fininho, e de repente não havia quorum para votação.


Congresso silencioso

Em Brasília, somente a deputada Janete Capiberibe (PSB AP) denunciou a quadrilha, os outros sete deputados federais não se interessaram pelo assunto.
Alias, Sebastião Rocha, o Bala, do PDT do Amapá também falou. Chamou a deputada Janete Capiberibe de leviana por divulgar as investigações da Policia Federal e distribuiu nota alegando inocência e que não responde a nenhum processo.
No Senado, os senadores José Sarney, Gilvan Borges e Papaléo Paes estão roucos de tanto ouvir as denuncias.


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