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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Ser ou não ser: não é a questão

Há tempos atrás (não sei quando nem onde), li uma frase de um pensador célebre (não sei quem) que dizia mais ou menos o seguinte:
Conversando com alguém muito carente ou ególatra, apenas deixe que a pessoa lhe ensine alguma coisa, mesmo que ela fale sem parar e você apenas ouça com atenção, e certamente essa pessoa vai considerar você muito inteligente.
Eu sempre achei graça nisso, porque realmente já presenciei muitas “conversas de surdos”, aquelas em que cada um está cantando suas glórias sem ouvir o que os outros estão falando.
Mas, dia vai, dia vem, e não é que aconteceu isso aí comigo? Encontrei uma mulher com quem eu queria conversar, porque as experiências sexuais dela me interessavam muito.
Seguiu-se aí uma “conversa unilateral” de cerca de 30 minutos em que a garota, que já foi miss, modelo, promoter e agora tenta a carreira do Direito (tem tudo a ver: não há classe mais prostituida que a dos advogados) contou bem menos do que eu queria ouvir, mas foi interrompida e teve que ir embora.

O engraçado nessa conversa é que eu realmente estava ali para ouvir, por isso quase não interrompi.
A notícia veio alguns dias depois: fiquei sabendo que ela comentou com uma conhecida que era muito legal conversar comigo, porque eu era muito inteligente...
E daí eu lembrei daquela frase e pensei:
“Nossa, se eu tivesse falado alguma coisa poderia ter deixado uma péssima impressão...”

Renivaldo Costa


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