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sábado, 24 de fevereiro de 2007

Micareta indoor e indolor

Promover eventos com trios elétricos na orla de Macapá é uma aliança com o atraso e uma falta de responsabilidade ambiental. Para os moradores da área, micareta é sinônimo de inferno.
O Fortal, a micareta da capital do Ceará, uma das maiores do Brasil saiu da orla e se abrigou na Cidade Fortal (foto), uma cidade cenográfica com 11.000 vagas de estacionamento, 230 camarotes, avenida com capacidade para 5 blocos e por aí afora.
É o formato indoor, ou seja, em circuito fechado. É o que há de mais moderno no circuito das micaretas.
A Micarande, de Capina Grande é realizada no Parque do Povo, onde também é promovida a maior festa junina do mundo.
O Carnatal, na capital do Rio Grande do Norte, acontece na Vila Folia, a 20 minutos do centro.
A Micareta de Feira, em Feira de Santana se instalou no espaço Charles Albert (foto), desde 2005.


O Paráfolia deixou de perambular pelas ruas de Belém e se alojou na Arena Yamada (veja o vídeo), localizada numa área de 70 mil metros quadrados, de fácil acesso, em plena BR-316. É um sucesso.
Que eu saiba, além de Macapá, só em três capitais brasileiras tem carnaval na orla: no Recife, em Salvador e Vitória. Brasília (Autódromo Nelson Piquet), São Paulo (Arena Skol-Anhembi), Manaus (Sambódromo) e outras cidades já aderiram o circuito fechado. As micaretas do Amapá e os eventos similares poderiam ser transferidos para o Parque de Exposição da Fazendinha, Engenheiro Agrônomo Antônio Roberto Ferreira da Silva (foto). Os artistas ficariam hospedados a poucos metros do local do evento, a folia não traria transtorno a ninguém, os pais ainda poderiam aguardar seus foliões degustando um exclusivo camarão no bafo na praia da Fazendinha e o aborrecimento e a preocupação de muitos seria substituída pela alegria e o sossego de todos.

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