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sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Riqueza vai, problemas ficam

Uma nota no Repórter 70, na edição de hoje de O Liberal é mais uma prova que as ditas autoridades amapaenses só têm olhos para o próprio umbigo.

Passados dez dias, a empresa MMX, mineradora de Elke Batista não tugiu, nem mugiu em relação ao acidente ambiental que está sendo apontado como de responsabilidade dela no Estado do Amapá. Nove mil litros de óleo diesel tombaram numa estrada do município de Pedra Branca do Amapari, onde está localizada a mineradora. O óleo caiu num córrego e ainda não se sabe a dimensão do estrago, nem o que a empresa fará para repará-lo, nem o que o Poder Público fará para punir os culpados.


Em 2005, a empresa MPX foi multada em quase 3 bilhões de reais por apresentar informações falsas ao Governo brasileiro.
Em 2006 Eike foi qualificado pela imprensa internacional como especulador, devido ao escândalo suscitado com a Termoelétrica Ceará, de sua propriedade, que tinha com a Petrobras um contrato considerado lesivo aos interesses do país.
Ainda em
2006, teve que abandonar o projeto de uma siderúrgica na Bolívia, diante de acusações do presidente Evo Morales de desrespeito às leis do país, pois o empreendimento estava localizado na faixa de fronteira e contribuiria para a devastação de florestas.
Eike Batista é filho de Eliezer Batista, ex- ministro das Minas e Energia, ex- presidente da Vale do Rio Doce e um dos donos da Mineração Novo Astro.
Na época em que extraía ouro nas minas do Lourenço, no munícipio de Calçoene, a mineradora prometeu transformar o lugar num exemplo de desenvolvimento. Acabou o ouro e lá deixou apenas uma mina abandonada e uma cidade fantasma.
Por enquanto, em vez de punição, o ex-marido de Luma de Oliveira recebe os afagos e os salamaleques das autoridades interesseiras e o silêncio de boa parte da "imprensa" do Amapá.

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