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terça-feira, 1 de maio de 2007

O tira-teima de um jogaço

Conversei com alguns amigos que torcem pelo Flamengo. Todos me juram que não viram o pênalti, ainda no primeiro tempo, cometido pelo zagueiro Irineu, no jogador Luciano Almeida, do Botafogo. Fiquei de tal modo sensibilizado pela convicção com que falam meus amigos que, a essa altura, com a alma sitiada de culpas, estou mandando e-mail a todos eles, pedindo perdão por ter dito que foi pênalti. Eles me provaram que ando vendo visagens. Deve ser coisa da minha idade provecta.

Faltam 90 promissores minutos. Em especial se Djalma Beltrami tiver uma atuação melhor do que a de William Nery – que no primeiro tempo ignorou um pênalti de Irineu em Luciano Almeida e deu cartões demais para o Botafogo e de menos para o Flamengo (Clayton e Renato fizeram faltas que passaram em branco). Para compensar, no fim, para alívio alvinegro, Nery deu ridículos quatro minutos de desconto – quando o jogo parou por pelo menos dez.

O Botafogo, que há três anos e dez jogos não vence o Flamengo, desperdiçou uma chance de por as duas mãos na taça. O Flamengo reagiu... mas demorou a empatar... e depois não conseguiu abrir vantagem. Se o Flamengo reagiu bravamente, o Botafogo resistiu heroicamente. De certo modo, o resultado acabou atravessado - ou empatado - na garganta das duas torcidas.
Gustavo Poli - Coluna dois – Globo.com
Mais um clássico perfeito no Maracanã, com 46 mil torcedores.
No primeiro tempo, o Botafogo foi melhor que o Flamengo desde o apito inicial.
Com ritmo, com força e com pressão.
Não que o rubro-negro tenha sido presa fácil porque, principalmente com chutes de fora da área, também levou perigo.
Mas o Botafogo era o dono do jogo.
E, como nos anos 60 com Mané Garrincha, e nos anos 80 com Maurício, coube ao número 7 abrir o placar: Dodô fez um gol tão comum de centroavante, depois de belíssima jogada de Zé Roberto pela esquerda, que nem comemorou.
E Lúcio Flávio, no fim do primeiro tempo, ampliou, em belo gol que contou com a inestimável colaboração do inexplicável Claiton.
O segundo tempo inverteu os papéis.
O Flamengo assumiu o jogo, sufocou, e, por pura inexperiência, o goleiro Júlio César, aos 11, fez pênalti em Renato e foi expulso.
Cuca tirou Lúcio Flávio, um erro.
Renato diminuiu a botou fogo no clássico.
E, aos 33, Max falhou na saída do gol e a bola sobrou mansa para Souza empatar.
No fim, Renato ainda bateu uma falta no travessão.
E o placar acabou justo, embora o Flamengo terminasse o jogo muito mais forte.
Juca Kfoury

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Pelo andar da carruagem já podemos colocar a faixa, o Botafogo no primeiro jogo ficou só com o bota. O fogo não saiu.

Será?

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