O jornalista Correa Neto submeteu o dito oficio a apreciação de um perito.
“Pedi a um especialista que fizesse um exame, ainda que superficial, no caso do documento apresentado agora pelo governador Waldez Góes, como o que teria enviado ao Banco do Brasil pedindo o estorno de cem mil reais, depositados indevidamente na conta dele, em novembro de 2002.
O perito apresentou alguns pontos que podem enriquecer o debate. Deixando claro que são indicações que precisam ser aprofundadas.
No alto do papel mostrado pelos jornais está o timbre do Governo do Estado do Amapá. Em novembro de 2002 Waldez não podia estar usando papel timbrado. Ele era governador eleito, ainda.
1) A data do ofício encaminhado por Waldez é 26 de novembro, o do recebimento pelo Banco do Brasil é 25 de novembro. O ofício chegou um dia antes de ser feito.
2) O carimbo do funcionário que teria recebido o ofício não tem o nome dele, o que é obrigatório.
3) Não é permitido receber depósitos em contas de campanha depois do dia da eleição. O Banco não poderia aceitar o deposito no dia 25 de novembro, 28 dias após a eleição, dois dias antes da prestação de contas ao TRE.
4) O papel, uma cópia tirada há quatro anos e meio, não apresenta sinal de desgaste, parece novo.
5) Não há necessidade de estornar depósitos feitos sem identificação do depositante. A lei estabelece que basta não utilizar o valor depositado.
6) O oficio apresentado por Waldez não tem um número de identificação.
7) A tinta dos caracteres impressos no papel apresentado, parece muito viva para um documento que supostamente tem quatro anos e meio. São as observações e elas estão à disposição para o debate".
Comentário: O documento parece ter sido feito com o mesmo esmero da declaração de bens do governador, colocando-o como o mais pobre do país, com um patrimônio de apenas 13 mil reais e da prestação de contas da campanha, onde Waldez Góes aparece doando a si mesmo mais 2,5 milhões de reais.
Resumindo: um escárnio!
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